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2012 - Livro Vermelho 2013

Diplusodon sigillatus Lourteig EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 19-03-2014

Criterio: B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)

Avaliador: Lucas Moraes

Revisor: Luiz Santos

Analista(s) de Dados: Lucas Moraes

Analista(s) SIG: Marcelo, Thiago

Especialista(s): Rafael Borges


Justificativa

Espécie endêmica do estado de Goiás (Chapada dos Veadeiros) (Cavalcanti & Graham, 2013), ocorre nos municípios de Alto Paraíso de Goiás e Cavalcanti (Cavalcanti & Noronha, 2009). Apresenta EOO de 517 km², AOO estimada em 44 km² e está sujeita a cinco situações de ameaça considerando suas localidades de ocorrência. É encontrada no domínio Cerrado (Cavalcanti & Graham, 2013), em Campos Rupestres e campos úmidos, em margem de riacho e em Campo Limpo junto a eriocauláceas, ciperáceas e gramíneas (CNCFlora, 2013), em altitudes entre 1.000 m e 1.800 m (Cavalcanti & Noronha, 2009). Apesar de protegida pelo Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (CNCFlora, 2013), sofre com o turismo desordenado estabelecido nos limites do Parque, tendo em vista a falta de infraestrutura básica nos municípios de entorno (MMA/ICMBio, 2009). Também sofre influência das atividades agrícolas e pecuaristas, bastante expressivas no estado de Goiás (Sano et al., 2010). A presença de espécies invasoras (como o capim-gordura) também configura uma importante ameaça à espécie (Ziller, 2001). Tais ameaças acarretam o declínio contínuo da EOO, AOO e da qualidade do hábitat. Iniciativas de controle e monitoramento das ameaças incidentes são necessárias a fim de evitar que o táxon seja categorizado em um grau de risco mais severo em um futuro próximo.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Diplusodon sigillatus Lourteig;

Família: Lythraceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Bradea 5: 237, fig. 2. 1989.

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo no estado de Goiás (Cavalcanti & Graham, 2013), nos municípios de Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros em altitudes entre 1.000 m e 1.800 m (Cavalcante & Noronha, 2009).

Ecologia

Subarbusto de 1 a 1,7 m de altura, de ocorrência no Cerrado (Cavalcanti & Graham, 2013), em Campos Rupestres e campos úmidos (Cavalcante & Noronha, 2009). Coletada em margem de riacho (H.S. Irwin et al. 12447). Encontrada em região de Campo Limpo com eriocauláceas, ciperáceas e gramíneas (C.B.R. Munhoz et al. 186).

Reprodução

Flor rosa magenta (Cavalcante & Noronha, 2009). Encontrada florida nos meses de fevereiro (H.S. Irwin et al. 12447), março (T.B. Cavalcanti 382), abril (J.A. Rizzo 7962), maio (J.A. Rizzo 8061) e julho (C.B.R. Munhoz et al. 186).

Ameaças

2.2.2 Agro-industry plantations
Incidência local
Severidade high
Detalhes A espécie ocorre nos estado de Goiás, onde são muito comuns as culturas agrícolas, que estão entre ameaças existentes para a vegetação nativa (Sano et al., 2010).

2.3 Livestock farming & ranching
Incidência local
Severidade high
Detalhes Assim como a agricultura, a pecuária também é preocupante para a conservação do Cerrado, sendo uma atividade comum no estado de Goiás (Sano et al., 2010).

1.3 Tourism & recreation areas
Incidência local
Detalhes O turismo no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros pode ser uma das principais ameaças para a espécie neste local, visto a falta de infraestrutura básica nos municípios de entorno do Parque para que esta atividade seja realizada sem impactos ambientais (MMA/ICMBio, 2009).

8.2.2 Named species
Incidência local
Detalhes O capim-gordura, Mellinis minutiflora, assim como diversas espécies de Brachiaria, ameaça a diversidade natural do cerrado no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no planalto central, sendo igualmente comum em muitas outras regiões (Ziller, 2001).

Ações de conservação

1.1 Site/area protection
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (J.A. Rizzo 7785).

Referências

- Cavalcanti, T.B. & Graham, S. 2013. Lythraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: < http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB115753>.

- Cavalcanti, T.B. & Noronha, S.E. 2009. Lythraceae In: Giulietti, A. M.; Rapini, A.; Andrade, M. J. G.; Queiroz, L. P. de; Silva, J. M. C. D. (Eds.). Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 496 p.

- MMA/ICMBio. 2009. Plano de Manejo Parque Nacional Chapada dos Veadeiros. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/pm_chapada_dos_veadeiros_1.pdf>. Acesso em 03 setembro 2013.

- Sano, E.E.; Rosa; R.; Brito, J.L.S.; Ferreira, L.G. 2010. Mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal - Bioma Cerrado: ano base 2002. Brasília-DF. MMA/Série Biodiversidades, v.36. 96p.

- Ziller, S.R. 2001. Os processos de degradação ambiental originados por plantas exóticas invasoras. Revista Ambiente Florestal. Disponível em: <http://institutohorus.org.br/download/artigos/Ciencia%20Hoje.pdf> Acessado em 28 agosto 2013.

Como citar

CNCFlora. Diplusodon sigillatus in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Diplusodon sigillatus>. Acesso em .


Última edição por Lucas Moulton em 25/11/2014 - 19:59:30